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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial destaca os cuidados com o infarto, AVC e outras doenças que podem ser desencadeadas com a pressão alta

  Segundo o IBGE, em 2020, o Brasil atingiu a marca de 39 milhões de hipertensos com mais de 18 anos

A hipertensão arterial é uma doença que ocorre quando a pressão sanguínea causada pela força de contração do coração e das paredes arteriais para impulsionar o sangue para todo o corpo acontece de forma intensa, sendo capaz de provocar danos em sua estrutura. A pressão arterial está em níveis normais quando ao ser aferida, marca 120 por 80 (ou 12 por 8) – o primeiro número referindo-se à pressão sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão diastólica, quando o coração relaxa.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2020, pelo IBGE, mais de 39 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais tem hipertensão. O número corresponde a 23,9% da população dessa faixa etária, e é o maior índice registrado desde 2013. Criada em 2002, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterialbusca conscientizar a população sobre o diagnóstico preventivo e o tratamento adequado da doença.

As principais causas e sintomas

A hipertensão pode ser causada, principalmente, pela obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento, sendo que o sobrepeso e a obesidade podem acelerar o aparecimento da doença. Os principais sintomas que podem auxiliar o diagnóstico são tontura, falta de ar, palpitações, dores de cabeça frequentes e visões turvas, mas é importante ressaltar que, muitas vezes, a hipertensão é silenciosa e assintomática.

O médico Pedro Rubens Pereira Júnior, cardiologista do Hospital Casa de Saúde Guarujá, explica como é fundamental, ao menor sinal de uma alteração cardíaca ou física, que o paciente busque ajuda médica adequada. Isso pode ser um diferencial no tratamento e na qualidade de vida do paciente, já que a hipertensão é uma doença que não tem cura.

Ainda que grande parte dos diagnósticos possa ser tratado com medicamento, o paciente precisa adotar um novo estilo de vida, mais saudável, com mudança de hábito alimentar, principalmente. “A redução de ingestão do sal (sódio), a prática de atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e cigarros são alguns hábitos que, sendo praticados, podem transformar a vida das pessoas”, afirma doutor Pedro.

Assim como todas as doenças, a hipertensão também pode ter complicações. As principais e mais frequentes são o infarto agudo do miocárdio, o derrame cerebral (AVC) e a doença renal crônica, podendo levar, também, a uma hipertrofia do músculo do coração, resultando em uma possível arritmia cardíaca.

Por isso, algumas dicas de bons hábitos podem ser muito significativas para ter uma vida mais saudável:

  1. Evite alimentos gordurosos;
  2. Pratique atividade física;
  3. Controle a ingestão do sal;
  4. Modere e evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
  5. Não fume;

“De certo que estas são algumas de tantas outras recomendações que todos podemos fazer para uma vida mais saudável. O importante é lembrar sempre da prevenção, isso pode reduzir muitas doenças e até mortes”, conclui o cardiologista.